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“Eram
duas meninas ricas, melhores amigas. Seus nomes eram Renata e Helena.
Mas como Helena era mais popular, Renata tinha inveja dela. Um dia, no
último andar de um prédio, aqueles que não tem nada por fora, apenas um
jardim aberto, e que se você se jogar você cai. Enfim, Renata e Helena
estavam lá… Helena viu uma flor azul bem perto da ponta do andar, então
precisava que alguém a segurasse, senão ela caia. Helena disse: “Rê, me
segura para eu pegar a flor azul?” E renata respondeu: “Claro, Lê.”
Então Renata segurou Helena… Até uma hora. Renata pensou que se Helena
falecesse ela viraria a mais popular. Então disse: “É agora…” e soltou
Helena. Passaram-se 20 anos… Renata estava casada, e tinha uma filha.
Como era o dia do aniversário de Helena, mas ela havia falecido, fizeram
uma homenagem à ela e convidaram Renata, mas ela não queria ir. Seu
marido encheu tanto o saco dela que ela aceitou ir, mas a filha teve de
ir junto, pois não tinha com quem ficar. Chegaram lá, era no mesmo
prédio que Renata havia largado Helena. A filha foi lá com a mãe, no
último andar, e o marido ficou lá embaixo, na festa. Quando as duas
chegaram havia uma flor idêntica à azul. A filha insistiu em pegá-la, e a
mãe concordou em segurá-la. Renata então estava a segurando, mas antes
da filha pegar a flor, virou para trás e disse: “Mamãe, dessa vez você
não vai me soltar, não é?”